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O Banco do Brasil anunciou neste sábado (19) que liberou um total superior a R$ 600 milhões por meio do programa “Crédito do Trabalhador”, que oferece empréstimos com desconto em folha para aqueles que possuem carteira de trabalho registrada.
Segundo a instituição financeira, as operações de crédito foram realizadas em mais de 3 mil cidades.
O programa iniciou suas atividades na última sexta-feira (21). Estabelecido por meio de uma medida provisória, o Crédito do Trabalhador oferece empréstimos consignados a 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada, englobando trabalhadores domésticos, rurais e funcionários de microempreendedores individuais (MEIs).
Conforme informações repassadas pela DataPrev ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o programa já havia atingido a cifra de R$ 1,28 bilhão em empréstimos até quinta-feira (27), evidenciando números relevantes nos primeiros sete dias de funcionamento.
Dados do Consignado CLT:
Até quinta-feira (27), foram celebrados 193,7 mil contratos.
Os trabalhadores tentaram 11,6 milhões de propostas de crédito.
O montante médio emprestado por trabalhador foi de R$ 6.623,48, com parcelas mensais de R$ 347,23 durante um período médio de 19 meses.
O que abrange o Crédito do Trabalhador
O Crédito do Trabalhador foi criado pela MP nº 1.292, viabilizando empréstimos consignados para um total de 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada, incluindo domésticos, rurais e funcionários de MEIs.
A contratação destas operações é realizada exclusivamente pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, que transmite as informações do trabalhador (nome, CPF, salário e tempo de serviço) às instituições financeiras credenciadas pelo governo federal. Após a análise, o trabalhador recebe propostas em até 24 horas e pode optar pela oferta mais atrativa.
As parcelas são deduzidas diretamente da folha de pagamento, respeitando o limite de até 35% do salário. Em caso de demissão, o trabalhador pode utilizar até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória como forma de garantia. O saldo devedor será cobrado no próximo vínculo empregatício.
Cancelamento e migração
O trabalhador possui um prazo de até 7 dias corridos após a liberação do crédito para cancelar o empréstimo, obtendo a devolução total do valor à instituição financeira. A partir de 25 de abril, também será possível mudar para uma proposta mais vantajosa, mesmo após a primeira contratação.
Além disso, os cidadãos que já possuem um crédito consignado poderão transferir o contrato para o novo modelo do programa a partir da mesma data.
Expectativa de crescimento
De acordo com a Febraban, o crédito consignado no setor privado já contabiliza 3,8 milhões de contratos, totalizando mais de R$ 40 bilhões em valores contratados. A previsão do governo federal é que, nos próximos quatro anos, cerca de 25 milhões de trabalhadores tenham acesso ao Crédito do Trabalhador, promovendo inclusão financeira com taxas de juros mais reduzidas.
A partir de 25 de abril, todas as instituições financeiras que tiverem interesse poderão disponibilizar essa linha de crédito também por meio de seus canais digitais. A portabilidade de crédito estará disponível em junho de 2025.