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IPCA: tarifas de energia elétrica para residências aumentam mais de 16% em fevereiro; saiba mais - Blog do Irmão Francisco


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IPCA: tarifas de energia elétrica para residências aumentam mais de 16% em fevereiro; saiba mais

Os preços da eletricidade residencial apresentaram uma elevação de 16,80% em fevereiro, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse aumento pressionou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o índice oficial de inflação do Brasil, fazendo com que o segmento de Habitação tivesse o maior impacto no índice, com uma contribuição de 0,65 ponto percentual.

O crescimento nos preços da energia elétrica residencial é, na verdade, resultado da normalização das faturas de luz durante o mês. Isso ocorre porque, em janeiro, o Bônus de Itaipu foi incluído nas contas, proporcionando um desconto para os consumidores.

Com o impacto do grupo Habitação, o IPCA encerrou o mês passado com um crescimento de 1,31%. Segundo José Fernando Pereira, responsável pela pesquisa do IPCA, desconsiderando o efeito do grupo Habitação, o IPCA de fevereiro teve um aumento de 0,78%.

O que era o Bônus de Itaipu?
O Bônus de Itaipu foi um crédito que foi concedido na conta de eletricidade dos consumidores brasileiros. Além do saldo positivo de R$ 399 milhões da Itaipu, referente ao ano de 2023, o cálculo considerou também outros valores da usina, totalizando um bônus de R$ 1,3 bilhão.

Entre os demais montantes, estavam:

R$ 842 milhões correspondentes aos saldos positivos da Conta Itaipu nos anos de 2020 e 2021, destinado às empresas do setor elétrico com a finalidade de mitigar os efeitos da pandemia de Covid e da crise hídrica, que foi devolvido à conta no final de 2023;
E R$ 65 milhões referentes a rendimentos financeiros provenientes da aplicação bancária dos R$ 842 milhões, até setembro de 2024.
O desconto foi concedido apenas a consumidores residenciais e rurais que consumiram menos de 350 kilowatts hora em pelo menos um mês de 2023. De acordo com a usina, a bonificação na fatura foi, em média, de R$ 16,66, podendo alcançar até R$ 49 em certos casos. O desconto foi aplicado apenas na conta de janeiro.

IPCA registra novo aumento em fevereiro
De acordo com o IBGE, o aumento de 1,31% nos preços no mês passado foi o maior nível do IPCA para um mês de fevereiro desde 2003, há 22 anos. Este também foi o índice mais elevado desde março de 2022, quando os preços subiram 1,62%.

Esse resultado indica uma aceleração significativa da inflação em comparação a janeiro, quando a alta foi de 0,16%. Assim, no acumulado do ano no primeiro bimestre, o IPCA apresenta um crescimento de 1,47%.

No acumulado em 12 meses, a inflação registra um aumento de 5,06%, o maior nível desde setembro de 2023, quando o acumulado foi de 5,19%. Esse índice supera o limite da meta do Banco Central do Brasil (BC), que é de 3% para a inflação anual, sendo considerada atingida caso fique entre 1,50% e 4,50%. Em fevereiro de 2024, o IPCA subiu 0,83%.
A inflação de fevereiro alinhou-se com as previsões do setor financeiro, que projetavam um aumento médio de 1,30% para o mês.

Confira o desempenho dos grupos do IPCA em fevereiro:
Alimentação e bebidas: 0,70%;
Habitação: 4,44%;
Artigos de residência: 0,44%;
Vestuário: 0,00%;
Transportes: 0,61%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,49%;
Despesas pessoais: 0,13%;
Educação: 4,70%;
Comunicação: 0,17%.

Mensalidade escolar, alimentos e combustíveis também apresentaram alta.
Embora o grupo Habitação tenha gerado o maior impacto na inflação do mês, o grupo Educação registrou o aumento percentual mais significativo, subindo 4,70%, o que correspondeu a um impacto de 0,28 p.p. no índice.

Esse aumento no grupo se deve aos reajustes nas mensalidades escolares. Os destaques foram os aumentos de 7,51% no ensino fundamental, 7,27% no ensino médio e 7,02% na pré-escola.

Por sua vez, o grupo Alimentação e bebidas, que teve um crescimento de 0,70%, contribuiu com 0,15 p.p. à inflação mensal. Esse resultado indica uma desaceleração em comparação ao aumento de 0,96% verificado em janeiro.

A desaceleração foi impulsionada pela queda nos preços de batata-inglesa (-4,10%), arroz (-1,61%) e leite longa vida (-1,04%). No entanto, produtos essenciais na dieta dos brasileiros continuaram a aumentar, como o ovo de galinha (15,39%) e o café moído (10,77%).

Inflação de serviços permanece alta

O IPCA é também avaliado sob duas grandes categorias: preços monitorados e inflação de serviços.

Os preços monitorados, também conhecidos como administrados, são aqueles que estão sob controle parcial ou total do governo, incluindo energia elétrica, tarifas de água e esgoto, combustíveis e tarifas de transporte público.

Esses preços não seguem a lei de oferta e demanda de forma livre, mas são influenciados pelas definições governamentais — como, por exemplo, o Bônus de Itaipu na conta de energia elétrica em janeiro.

Nesse cenário, com o acentuado aumento na conta de energia elétrica residencial e outros itens, como combustíveis, a inflação nos preços monitorados subiu 3,16% no mês, em contraste com a queda de 1,52% observada em janeiro. Ao longo de 12 meses, o totaliza um crescimento de 5,19%.

A inflação de serviços, por sua parte, teve um avanço mais contido: passou de 0,78% em janeiro para 0,82% em fevereiro. Contudo, no acumulado em 12 meses, o aumento é mais pronunciado, atingindo 5,32% — um índice consideravelmente superior aos 5,06% registrados no total do IPCA.

A inflação de serviços é uma das maiores preocupações do Banco Central, pois seus preços são definidos pela oferta e demanda, como ocorre em restaurantes, salões de beleza, instituições de ensino particulares e outros cursos, por exemplo.

INPC volta a subir em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve como base para os reajustes do salário mínimo e mede a inflação para famílias com menor poder aquisitivo, apresentou um aumento de 1,48%. Em janeiro, o índice não teve alteração.
Dessa forma, o INPC registrou um aumento de 4,87% ao longo dos 12 meses até fevereiro de 2025.

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